União estável homoafetiva: direitos e diferenças para o casamento

União estável homoafetiva: direitos e diferenças para o casamento
Reconhecimento da união estável homoafetiva no Brasil
No Brasil, a união estável homoafetiva foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011, garantindo aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos e deveres da união estável heterossexual. Desde então, casais homoafetivos podem formalizar a relação e usufruir de proteção legal nas áreas civil, patrimonial e sucessória.
Direitos garantidos na união estável homoafetiva
Assim como na união estável heterossexual, os casais homoafetivos têm direitos assegurados, tais como:
- Partilha de bens – Regida pelo regime da comunhão parcial de bens, salvo contrato diferente.
- Direitos sucessórios – Direito à herança em caso de falecimento de um dos parceiros.
- Pensão alimentícia – Possibilidade de solicitar alimentos em caso de separação.
- Inclusão em benefícios – Plano de saúde, previdência privada e dependência no INSS.
- Decisões médicas – Direito de acompanhar e decidir sobre tratamentos do parceiro.
Diferenças entre união estável e casamento
Apesar de semelhantes, união estável e casamento possuem diferenças importantes:
- Formalização – Casamento requer cerimônia civil ou religiosa com efeito civil; a união estável pode ser comprovada por escritura pública ou provas de convivência.
- Conversão – União estável pode ser convertida em casamento por pedido no cartório.
- Regime de bens – União estável adota comunhão parcial de bens, salvo contrato escrito; no casamento, o regime é escolhido no ato.
Registro da união estável homoafetiva
Embora a união estável possa existir sem registro, a escritura pública feita em cartório é altamente recomendada, pois facilita a prova da relação em situações como partilha de bens, pensão ou herança.
Direitos sucessórios na união estável
O companheiro sobrevivente tem direito à herança, nos termos do Código Civil, concorrendo com descendentes e ascendentes do falecido. O planejamento patrimonial é importante para evitar disputas familiares.
Exemplo prático
Marcos e Felipe viviam juntos há oito anos sem formalizar a união. Após o falecimento de Felipe, a família questionou o direito de Marcos à herança. Graças a provas como contas conjuntas e declarações de imposto de renda, Marcos conseguiu comprovar a união estável e garantir seus direitos sucessórios.
Como agir judicialmente
Se houver negativa de direitos, o casal ou o sobrevivente pode:
- Ingressar com ação de reconhecimento de união estável – Para garantir efeitos patrimoniais e sucessórios.
- Propor ação de partilha – Em caso de separação ou falecimento.
Ferramentas e sites úteis
- Conselho Nacional de Justiça 🔗 – Orientações sobre direitos LGBTQIA+.
- Código Civil 🔗 – Regras sobre união estável e sucessão.
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Veja também: Guarda alternada, compartilhada ou unilateral: qual a diferença na prática? ➜
Conclusão
A união estável homoafetiva garante aos casais do mesmo sexo direitos iguais aos da união estável heterossexual, protegendo aspectos civis, patrimoniais e sucessórios. Formalizar a relação é uma forma de prevenir conflitos e assegurar todos os benefícios previstos em lei.
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